A medida representa uma retaliação direta às restrições de Pequim à exportação de terras raras e gerou forte instabilidade nos mercados financeiros. Através da sua rede social Truth Social, Trump declarou que, a partir de 1 de novembro, os Estados Unidos imporão “uma tarifa de 100% à China, para além de qualquer tarifa que estejam atualmente a pagar”. Esta ameaça foi acompanhada pelo anúncio de futuros controlos de exportação sobre “todo e qualquer software crítico”. A justificação para esta escalada foi a decisão da China de restringir as exportações de terras raras, minerais essenciais para a indústria tecnológica e de defesa dos EUA. Trump acusou Pequim de estar “cada vez mais hostil” e afirmou que, perante este cenário, “parece não haver razão” para se encontrar com Xi Jinping, revertendo os planos para uma cimeira anunciada em setembro.

A reação dos mercados foi imediata e negativa, com os principais índices de Wall Street, como o Nasdaq, a registarem quedas superiores a 1% após a publicação do presidente. A mensagem de Trump foi clara: “Dependendo do que a China disser sobre a ‘ordem’ hostil que acaba de lançar, serei forçado, como Presidente dos Estados Unidos da América, a contrariar financeiramente o seu movimento”.