No cerne do 'shutdown' está a disputa política sobre a extensão dos subsídios do Affordable Care Act, conhecido como Obamacare.

Enquanto os Democratas exigem a sua renovação, os Republicanos recusam-se a negociar sem que o governo seja reaberto.

A paralisação já afeta 1,4 milhões de funcionários públicos, que não receberão os seus salários, e ameaça o pagamento dos militares pela primeira vez na história.

A situação tem consequências visíveis, como o encerramento de museus e a perturbação do tráfego aéreo devido à falta de controladores. A Casa Branca aproveitou a crise para avançar com uma agenda de redução do aparelho estatal. O diretor do Gabinete de Orçamento, Russell Vought, anunciou o início de uma "Redução Forçada de Pessoal" (RIF), com Trump a afirmar que os despedimentos seriam "orientados para os democratas". Além disso, a administração reverteu a prática de garantir o pagamento retroativo dos salários aos trabalhadores afetados, aumentando a pressão sobre os funcionários e os legisladores. Trump classificou a situação como um "ataque kamikaze" dos Democratas, enquanto a oposição o acusa de manter os serviços públicos e os seus trabalhadores como reféns para fins políticos.