Ao longo de várias declarações, Trump reivindicou o mérito por ter resolvido "oito conflitos" internacionais e criticou a atribuição do prémio em 2009 ao seu antecessor, Barack Obama, que, segundo ele, o ganhou "sem ter feito absolutamente nada". A sua campanha pelo reconhecimento foi apoiada por aliados internacionais, como o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e até pelo presidente russo, Vladimir Putin, que reconheceu que Trump "se esforça e trabalha em questões de paz". Após o anúncio de que o prémio de 2025 seria para María Corina Machado, a reação da Casa Branca foi imediata e dura. O diretor de comunicação, Steven Cheung, afirmou que a decisão ignorou o trabalho do presidente e que "nunca haverá outra pessoa como Trump, capaz de mover montanhas com pura força de vontade". A controvérsia foi amplificada pelo próprio Trump, que revelou ter recebido um telefonema de Machado, na qual ela supostamente lhe teria dito que era ele quem merecia o prémio.

Este episódio ilustra não só a importância que Trump atribui ao reconhecimento pessoal pelos seus feitos em política externa, mas também a intensa politização em torno de um dos prémios mais prestigiados do mundo.