A administração Trump, através do Departamento de Defesa liderado por Pete Hegseth, implementou novas e restritivas regras para os jornalistas que cobrem o Pentágono, gerando um confronto com os principais órgãos de comunicação social dos EUA sobre a liberdade de imprensa. As novas diretrizes exigem que os jornalistas publiquem apenas informação oficial e que os seus meios de comunicação se comprometam por escrito a não obter ficheiros não autorizados ou confidenciais. A administração estabeleceu um prazo para que os jornalistas assinassem um documento a aceitar estas regras, sob ameaça de terem as suas credenciais negadas e de serem expulsos das suas áreas de trabalho no Pentágono.
Em resposta, muitos dos maiores órgãos de comunicação do país, incluindo 'The New York Times', 'Reuters', 'Associated Press', 'CNN' e 'The Washington Post', recusaram-se a assinar o acordo.
Estes meios de comunicação consideram que as regras violam a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão e de imprensa. O editor do 'The New York Times' em Washington, Richard Stevenson, afirmou que a política "limita a forma como os jornalistas podem reportar sobre as Forças Armadas dos EUA" e que "o público tem o direito de saber como operam o governo e as forças armadas".
Em paralelo, o Pentágono restringiu o acesso da imprensa a certas áreas e removeu vários órgãos dos seus espaços de trabalho, criando em contrapartida espaços exclusivos para 'podcasters' e 'YouTubers' considerados pró-Trump.
Em resumoA imposição de novas regras de imprensa pelo Pentágono foi vista como uma tentativa de censura pela maioria dos grandes meios de comunicação, que se recusaram a cumpri-las, defendendo a liberdade de imprensa e o direito do público à informação.