A administração Trump intensificou a sua campanha contra o narcotráfico ao realizar pelo menos cinco ataques a navios em águas internacionais, resultando em múltiplas fatalidades.

O próprio presidente anunciou o ataque mais recente, que causou seis mortos, através das suas redes sociais, acompanhado de um vídeo da operação.

A justificação legal para esta ação militar, apresentada num memorando ao Congresso, é que os Estados Unidos se encontram num "conflito armado não internacional" com organizações designadas como terroristas, como o cartel venezuelano Tren de Aragua. Esta abordagem tem sido descrita como uma forma de enfrentar os alegados traficantes com força militar, tratando-os como combatentes ilegais. A ofensiva gerou forte reação da Venezuela, cujo ministro da Defesa acusou Washington de usar a luta contra as drogas como pretexto para "forçar uma mudança de regime".

Em resposta, o parlamento venezuelano aprovou uma lei para unificar os poderes militar e policial perante o que consideram ser "ameaças" dos EUA. No Congresso americano, os democratas contestaram a legalidade dos ataques, argumentando que violam o direito nacional e internacional, mas uma resolução para impedir a administração de realizar mais ataques sem autorização específica foi chumbada no Senado.