A declaração, feita durante uma visita de Milei à Casa Branca, sela uma aliança política e económica, mas sublinha o uso do apoio americano como ferramenta de influência política direta.
Ao receber o presidente argentino, Trump foi explícito sobre as suas intenções: "O nosso apoio está de alguma forma ligado a quem ganhar as eleições".
Acrescentou que, em caso de uma vitória da oposição, que descreveu como "socialista", a Casa Branca iria "pensar de forma muito diferente" sobre os investimentos. Trump ofereceu o seu "apoio absoluto" a Milei, afirmando que a sua vitória é "muito importante" e algo "que o mundo está a observar".
Este apoio surge num momento crítico para Milei, cujo programa de reforma económica enfrenta um teste decisivo nas eleições legislativas de 26 de outubro. O apoio dos EUA materializou-se recentemente através de um 'swap cambial' bilateral de 20 mil milhões de dólares, destinado a estabilizar o peso argentino e aliviar as reservas do Banco Central.
A visita de Milei a Washington teve como objetivo consolidar esta cooperação económica e política, mas a condição imposta por Trump evidencia uma clara intervenção na política interna argentina, utilizando a ajuda financeira como alavanca para apoiar um aliado ideológico.














