A disputa, centrada na manutenção de subsídios para seguros de saúde, resultou na suspensão de serviços não essenciais, no encerramento de instituições culturais e na ameaça de despedimentos em massa de funcionários públicos.\n\nO impasse, que dura há mais de duas semanas, colocou centenas de milhares de funcionários federais em licença não remunerada. A principal causa do bloqueio é a exigência dos democratas de que qualquer acordo orçamental garanta a continuidade dos créditos fiscais da Lei dos Cuidados de Saúde Acessíveis (conhecida como Obamacare), que estão prestes a expirar. Os republicanos, por outro lado, insistem que os democratas devem primeiro votar para reabrir o governo antes de qualquer negociação sobre saúde.

A administração Trump aproveitou a crise para exercer pressão, ameaçando cortar programas governamentais e iniciando um processo de despedimentos de funcionários federais, uma medida invulgar em 'shutdowns' anteriores.

O diretor do Gabinete de Orçamento da Casa Branca, Russell Vought, anunciou que as “reduções na força de trabalho” tinham começado, afetando pelo menos 4.100 trabalhadores.

Esta ação foi temporariamente bloqueada por um juiz federal, que a considerou um custo humano intolerável.

As consequências da paralisação foram vastas, desde o encerramento dos museus Smithsonian em Washington até atrasos no tráfego aéreo devido à falta de controladores.

A situação ameaçou tornar-se a mais longa da história, com o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, a afirmar que “não negociará” com os democratas.