A classificação levanta questões legais e políticas significativas, dado que a Antifa não é uma organização estruturada e a legislação antiterrorismo dos EUA foca-se em grupos estrangeiros. Através de uma ordem executiva, Trump descreveu a Antifa como uma organização “militarista e anarquista” que procura derrubar o governo.
Menos de um mês depois, o Departamento de Justiça apresentou acusações de terrorismo contra dois indivíduos, Cameron Arnold e Zachary Evetts, por um ataque a um centro de detenção de migrantes no Texas.
O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou que os extremistas alinhados com a Antifa serão tratados “como terroristas, tal como tratamos a Al-Qaeda ou o Estado Islâmico”.
No entanto, a própria natureza da Antifa complica a aplicação desta designação.
Especialistas em discurso de ódio, como o Southern Poverty Law Center (SPLC), e até o ex-diretor do FBI, Christopher Wray, descreveram a Antifa como uma “ideologia” ou um “movimento descentralizado”, em vez de um grupo formal. Esta ausência de uma estrutura organizacional clara torna a designação legalmente complexa, uma vez que não existe uma lei de terrorismo doméstico nos EUA que permita classificar um grupo interno como tal. A medida é vista por críticos como uma tentativa de reprimir a dissidência de esquerda e de justificar uma vigilância mais apertada sobre ativistas, especialmente no contexto dos protestos “No Kings”.













