Milhões de pessoas manifestaram-se nos Estados Unidos e em várias cidades europeias no âmbito do movimento "No Kings", protestando contra o que consideram ser uma deriva autoritária da presidência de Donald Trump. Esta foi a terceira mobilização em massa desde o regresso de Trump à Casa Branca, com os organizadores a estimarem a participação de cerca de sete milhões de pessoas em mais de 2.700 eventos espalhados por todos os 50 estados norte-americanos. As manifestações, que ocorreram desde pequenas localidades rurais a grandes metrópoles como Washington, Nova Iorque e São Francisco, uniram-se sob o lema "No Kings" ("Sem Reis"), denunciando a perceção de que Trump age como um monarca absoluto, desrespeitando o equilíbrio de poderes. Figuras proeminentes do Partido Democrata, como o senador Bernie Sanders, juntaram-se aos protestos, declarando que o país tem "um Presidente que quer sempre mais poder nas suas mãos".
A mobilização atravessou fronteiras, com expatriados americanos e simpatizantes a organizarem protestos solidários em cidades como Lisboa, Madrid, Paris e Berlim, com cartazes que diziam “Sem Reis, Sem Oligarcas, Sem Fascismo”.
A resposta de Donald Trump foi de escárnio, publicando na sua rede social, a Truth Social, vídeos gerados por inteligência artificial onde surge coroado, a pilotar um caça que lança o que parecem ser fezes sobre os manifestantes.
O Partido Republicano classificou os comícios como sendo de “Ódio à América”.
Em resumoOs protestos "No Kings" representam uma massiva e coordenada demonstração de oposição ao alegado autoritarismo de Donald Trump, unindo milhões de pessoas nos EUA e na Europa. A reação do Presidente e do seu partido evidencia a profunda polarização política no país.