O processo de naturalização nos Estados Unidos tornou-se significativamente mais rigoroso com a entrada em vigor de um novo exame de cidadania, mais longo e difícil. A medida, promovida pela administração Trump, insere-se numa estratégia mais ampla de endurecimento das políticas de imigração. O novo teste, que entrou em vigor a 21 de outubro de 2025, aumenta o número total de perguntas possíveis de 100 para 128, com um foco reforçado na educação cívica e no sistema político dos EUA. Os candidatos continuam a ter de responder corretamente a 60% das questões apresentadas (12 de 20, em vez das anteriores 6 de 10). Esta versão do exame foi originalmente concebida durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021), mas foi revogada pela administração de Joe Biden, que reinstaurou a versão de 2008.
O regresso a este formato mais exigente é acompanhado por um reforço da fiscalização dos candidatos.
O Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) retomou uma política de verificação de antecedentes mais rigorosa, que inclui entrevistas com vizinhos e colegas de trabalho dos requerentes.
Além disso, os candidatos devem demonstrar “bom carácter moral”, sendo valorizados atributos como participação comunitária, historial de trabalho estável e cumprimento das obrigações fiscais.
Por outro lado, a nova política permite que os funcionários do USCIS considerem fatores desqualificadores como infrações de trânsito repetidas. Um porta-voz do USCIS descreveu as mudanças como “cruciais” para garantir que os novos cidadãos “se integrem plenamente e contribuam” para o desenvolvimento do país.
Em resumoA implementação do novo exame de cidadania e das verificações de antecedentes mais rigorosas materializa a promessa da administração Trump de endurecer o processo de imigração. Esta política visa criar um caminho mais seletivo para a naturalização, alinhado com uma visão mais restritiva de quem é elegível para se tornar cidadão americano.