A administração de Donald Trump impôs um novo e substancial pacote de sanções contra a Rússia, visando diretamente as suas duas maiores empresas petrolíferas, Rosneft e Lukoil. Esta medida representa uma mudança significativa na política de Trump, sendo a primeira punição económica direta à Rússia durante o seu segundo mandato, com o objetivo de pressionar Vladimir Putin a negociar o fim da guerra na Ucrânia. As sanções foram anunciadas pelo Departamento do Tesouro dos EUA como uma resposta à “falta de compromisso sério da Rússia com um processo de paz”. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que Putin não foi “nem honesto nem franco” com Trump e que as medidas visam “degradar a capacidade do Kremlin de angariar receitas para a sua máquina de guerra”. A decisão foi coordenada com a União Europeia, que, no mesmo dia, anunciou o seu 19.º pacote de sanções contra Moscovo.
A reação russa foi imediata e hostil.
O ex-presidente Dmitry Medvedev classificou a ação como um “ato de guerra”, afirmando que o “charlatão ‘pacificador’” Trump “declarou guerra à Rússia” e se alinhou com a “Europa desequilibrada”.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, considerou as sanções “extremamente contraproducentes” para uma solução diplomática, embora tenha tentado minimizar o seu impacto, garantindo que o país desenvolveu “uma sólida imunidade às restrições ocidentais”.
A China, aliada de Moscovo, também criticou as sanções “unilaterais”.
Por sua vez, a Ucrânia saudou a decisão, com a primeira-ministra Yulia Sviridenko a afirmar que os EUA enviaram “uma mensagem certa”, e a embaixadora em Washington, Olga Stefanishyna, a declarar que a paz “só pode ser alcançada exercendo pressão máxima sobre o agressor”.
O próprio Trump expressou esperança de que as sanções “enormes” sejam de curta duração, refletindo o seu desejo de um fim rápido para o conflito.
Em resumoA administração Trump implementou sanções económicas severas contra as maiores petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil, numa tentativa de forçar Moscovo a negociar o fim da guerra na Ucrânia. A medida, coordenada com a UE, foi aplaudida por Kiev, mas gerou uma forte condenação da Rússia, que a considerou um 'ato de guerra', e críticas da China.