A decisão reflete a frustração de Washington com a intransigência de Moscovo e levou a uma mudança de estratégia, culminando na imposição de novas sanções económicas à Rússia. Inicialmente, Trump anunciou o encontro com otimismo, prevendo que ocorreria “dentro de duas semanas” para terminar a “guerra ‘inglória’”.

No entanto, a iniciativa colapsou após uma chamada telefónica entre o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que revelou a recusa de Moscovo em fazer concessões.

A Rússia insistiu que a paz só seria possível se fossem abordadas as “causas de raiz do conflito”, exigências consideradas inaceitáveis.

Após o fracasso das negociações preliminares, a Casa Branca comunicou que não havia planos para um encontro “num futuro próximo”.

O próprio Trump justificou o cancelamento, afirmando não querer uma “reunião inútil”.

A frustração do presidente norte-americano foi evidente quando declarou: “Sempre que falo com o Vladimir [Putin], tenho boas conversas, e elas vão a lado nenhum”.

O Kremlin, por sua vez, desvalorizou a urgência do encontro, com o porta-voz Dmitry Peskov a afirmar que “é necessária uma preparação séria”.

O adiamento da cimeira coincidiu com a decisão dos EUA de aplicar sanções às petrolíferas russas, sinalizando uma transição da tentativa de diálogo direto para a aplicação de pressão económica como principal ferramenta para forçar a Rússia a negociar.