O acordo de cessar-fogo em Gaza, mediado pela administração de Donald Trump e inicialmente visto como um triunfo diplomático, enfrenta uma crescente fragilidade. A recente escalada de violência, com ataques do Hamas a soldados israelitas e retaliações de Israel, colocou a trégua em risco, motivando uma visita de alto nível do vice-presidente dos EUA, JD Vance, a Israel. Vance viajou para Telavive para reafirmar o compromisso norte-americano com o governo de Benjamin Netanyahu, mas admitiu que o futuro do acordo “é incerto e depende da contenção de ambas as partes”. Durante a sua visita, o vice-presidente descartou o envio de tropas americanas para a Faixa de Gaza, posicionando os EUA como os únicos mediadores capazes de coordenar uma paz duradoura.
“Como se consegue a presença dos Estados do Golfo, além de Israel, além dos turcos e dos indonésios?
(...) Os únicos mediadores são os Estados Unidos”, afirmou.
Vance também se recusou a impor um ultimato ou um prazo para o desarmamento do Hamas, uma das condições da segunda fase do acordo, reconhecendo que “estas coisas são difíceis”.
A administração Trump enfrenta um dilema, dividida entre apoiar militarmente Israel e salvar o acordo de paz. O próprio Trump emitiu um aviso contundente, declarando que o Hamas será “erradicado” se violar o acordo.
Enquanto isso, as negociações sobre a segunda fase do plano, que incluem a entrada de uma força militar árabe e internacional, estão num impasse, com Israel a opor-se à presença de alguns países, como a Turquia.
Em resumoO cessar-fogo em Gaza, mediado por Trump, está em perigo devido a novas hostilidades. O vice-presidente JD Vance visitou Israel para tentar salvar o acordo, descartando o envio de tropas americanas, mas reafirmando o papel central dos EUA como mediador, enquanto Trump ameaça 'erradicar' o Hamas se as violações continuarem.