Esta política tem gerado forte oposição de autoridades locais e estaduais, bem como batalhas judiciais que questionam a sua legalidade.

Desde agosto, cidades como Los Angeles, Washington D.C., Memphis, Chicago e Portland, maioritariamente governadas por democratas, foram alvo destes destacamentos, que incluem agentes da Patrulha da Fronteira (CBP) e do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE).

O presidente ameaçou estender a medida a São Francisco, alegando que, ao contrário de outras cidades, “eles querem-nos”.

A justificação oficial centra-se em “elevados índices de criminalidade” e na prioridade de deter migrantes indocumentados.

No entanto, a iniciativa enfrenta uma forte resistência.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, processou a Casa Branca pelo envio de tropas para Los Angeles. Em Chicago e Portland, juízes federais bloquearam temporariamente o envio da Guarda Nacional, argumentando falta de provas que justificassem a medida. Em resposta, o Departamento de Justiça recorreu ao Supremo Tribunal para autorizar o destacamento em Chicago, alegando a necessidade de “evitar riscos para a vida dos agentes federais”.

Trump já ameaçou invocar o “Insurrection Act”, uma lei antiga que autoriza o uso das forças armadas contra cidadãos, para contornar as decisões judiciais e a oposição local, intensificando o debate sobre o uso do poder executivo e os limites da autoridade federal.