O desacordo centrado no financiamento de seguros de saúde deixou centenas de milhares de funcionários públicos sem salário e forçou o encerramento de vários serviços federais. O cerne do conflito reside na exigência dos democratas de que qualquer acordo orçamental inclua a extensão de subsídios para programas de seguros de saúde (Affordable Care Act), que beneficiam famílias de baixos rendimentos. Os republicanos, por outro lado, insistem em prolongar o orçamento atual sem essas garantias, acusando os democratas de bloquearem a reabertura do governo.
Mike Johnson, líder republicano da Câmara dos Representantes, classificou a situação como “simplesmente vergonhosa”.
A paralisação tem consequências visíveis: cerca de 700.000 funcionários federais estão sem remuneração, enquanto outros 700.000 são forçados a trabalhar sem receber.
O setor da aviação está sob pressão, com controladores de tráfego aéreo e agentes de segurança a trabalharem sem salário, o que já causou problemas de pessoal em aeroportos.
Além disso, importantes serviços públicos, como os museus da Smithsonian Institution e parques nacionais, foram encerrados ao público.
A situação recorda a paralisação de 35 dias em 2019, também sob a administração Trump, que foi a mais longa da história americana.
A Oxford Economics estima que o bloqueio retira entre 0,1 e 0,2 pontos percentuais de crescimento do PIB por cada semana que se prolonga.














