Milhões de pessoas saíram às ruas nos Estados Unidos e em várias cidades europeias para participar nas manifestações “No Kings”, um movimento de protesto contra as políticas e o que os organizadores descrevem como a “tomada de poder autoritária” do Presidente Donald Trump. As manifestações, que ocorreram em mais de 2.700 locais, representam a terceira mobilização em massa desde o regresso de Trump à Casa Branca. Os protestos, descritos como pacíficos e com um ambiente festivo em muitos locais, reuniram uma vasta coligação de cidadãos, ativistas e figuras políticas da oposição, como o senador Bernie Sanders. Os manifestantes empunhavam cartazes com mensagens como “não ao fascismo, não a reis, não a Trump” e “ninguém está a comer cães”, denunciando o que consideram um deslize em direção ao autoritarismo por parte do executivo.
O movimento ganhou dimensão internacional, com cidadãos norte-americanos a organizar protestos solidários em cidades como Lisboa, Madrid, Paris e Berlim.
A reação de Donald Trump foi de desdém e provocação.
Na sua rede social, Truth Social, publicou um vídeo gerado por inteligência artificial onde aparece com uma coroa, a pilotar um caça e a largar o que parecem ser fezes sobre os manifestantes.
O Partido Republicano e os seus apoiantes rotularam os protestos como comícios de “Ódio à América”. Os organizadores, por sua vez, afirmam que o movimento reflete a crescente preocupação de que Trump está a abalar o equilíbrio do sistema democrático, ao pressionar o Congresso e os tribunais e ao ameaçar opositores com retaliações judiciais.
Em resumoMilhões de manifestantes participaram nos protestos 'No Kings' nos EUA e na Europa, contestando o que consideram ser as tendências autoritárias da administração Trump. O presidente respondeu com vídeos provocatórios, enquanto os seus apoiantes classificaram as manifestações como 'Ódio à América'.