Esta medida representa uma escalada na pressão económica sobre Moscovo, visando limitar a capacidade do Kremlin de financiar o seu esforço de guerra na Ucrânia. A decisão foi justificada pelo Departamento do Tesouro dos EUA como uma resposta à “falta de compromisso sério por parte da Rússia com um processo de paz”.

O Presidente Donald Trump, comentando sobre o impacto das sanções, afirmou que os resultados seriam vistos “daqui a seis meses”, enquanto o seu Secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou que o Presidente russo Vladimir Putin não foi “nem honesto nem franco” nas negociações.

A reação russa foi imediata e desafiadora.

Putin classificou as sanções como um “ato hostil”, embora tenha minimizado o seu impacto, garantindo que não teriam um efeito “significativo” na economia nacional. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo, foi mais longe, descrevendo as sanções como um “ato de guerra contra a Rússia” e acusando Trump de ter entrado “em pleno na guerra contra a Rússia”.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, considerou a medida “extremamente contraproducente”.

As sanções coincidiram com o anúncio do 19.º pacote de sanções da União Europeia contra Moscovo e ocorreram após o cancelamento de uma cimeira planeada entre Trump e Putin. No mercado, o anúncio provocou uma subida imediata nos preços do petróleo, com o crude de referência dos EUA a aumentar 2,70 dólares e o Brent 2,85 dólares por barril.