O cancelamento representa uma reviravolta na estratégia diplomática de Trump para a guerra na Ucrânia, que passava por uma negociação direta entre os dois líderes. Inicialmente, Trump tinha anunciado o encontro com otimismo, após uma conversa telefónica “muito produtiva” com Putin, com o objetivo de “pôr fim à guerra ‘inglória’”.

No entanto, a Casa Branca recuou, afirmando que não havia planos para uma reunião “num futuro imediato”.

A decisão foi tomada após um telefonema entre o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, que terá revelado a intransigência de Moscovo em ceder nas suas exigências para a paz.

O próprio Trump justificou o adiamento, afirmando: “Não, não, não quero uma reunião inútil. Não quero perder tempo, por isso veremos o que acontece”.

A sua frustração com a falta de progresso ficou evidente quando comentou sobre as suas conversas com o líder russo: “Sempre que falo com o Vladimir, temos boas conversas, mas depois não dão em nada”.

Do lado russo, a reação foi mista.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o encontro não era urgente e que “é necessária uma preparação séria”.

Contudo, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, garantiu que os preparativos continuavam.

O colapso da iniciativa diplomática precedeu diretamente o anúncio de novas e substanciais sanções dos EUA contra o setor energético russo.