A potencial reunião surge num momento de crise diplomática e tensão comercial sem precedentes entre os dois países.

Um alto responsável norte-americano confirmou que Trump expressou interesse em encontrar-se com Lula após uma “conversa amistosa” durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas e que “estão em curso discussões para viabilizar a realização de tal encontro”. Do lado brasileiro, Lula afirmou estar “totalmente interessado” na reunião para “defender os interesses do Brasil” e provar com números que a imposição de tarifas norte-americanas foi um erro. A crise diplomática foi desencadeada pela imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por parte dos EUA, uma medida que se seguiu à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado político de Trump, a 27 anos de prisão. Trump considera o julgamento de Bolsonaro uma “caça às bruxas”.

Além das tarifas, os EUA restringiram vistos a várias autoridades políticas e judiciárias brasileiras.

Lula insistiu que está disposto a discutir qualquer tema, “de Gaza à Ucrânia, Rússia, Venezuela, minerais críticos, terras raras”, e mostrou-se otimista quanto à possibilidade de “voltar a ter uma relação civilizada com os Estados Unidos”.