A ameaça surge num momento delicado, após a aprovação preliminar de um projeto de lei nesse sentido no parlamento israelita, o que colocou em risco os esforços diplomáticos norte-americanos na região.
Numa entrevista à revista Time, Trump foi categórico sobre a anexação: "Isso não vai acontecer", repetiu três vezes.
O presidente explicou que a sua oposição se deve a um compromisso assumido com os países árabes no âmbito das negociações do plano de paz para Gaza.
"Isso não pode ser feito agora", acrescentou, revelando a pressão que exerceu sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para aceitar o cessar-fogo.
Trump citou as suas próprias palavras a Netanyahu: "Bibi, não podes lutar contra o mundo. Podes travar batalhas individuais, mas o mundo está contra ti".
A votação no Knesset foi vista pela administração norte-americana como uma afronta.
O vice-presidente JD Vance, em visita a Israel, classificou a proposta como um "insulto" e um "movimento político estúpido".
Netanyahu tentou minimizar o incidente, atribuindo a iniciativa a uma "provocação deliberada da oposição" para perturbar a visita de Vance, e garantiu que o seu partido, o Likud, não apoiou o projeto. No entanto, a votação contou com o apoio de membros de partidos ultranacionalistas da coligação governamental, evidenciando as divisões internas em Israel e o desafio que representam para a diplomacia de Trump, que procura expandir os Acordos de Abraão e normalizar as relações entre Israel e o mundo árabe.














