Estas ações militares aumentaram drasticamente as tensões com a Venezuela, cujo presidente, Nicolás Maduro, acusa Washington de "inventar uma guerra" para justificar uma intervenção militar.
Desde o início de setembro, as forças norte-americanas realizaram pelo menos dez ataques a embarcações nas Caraíbas e no Pacífico, resultando na morte de dezenas de pessoas descritas pelo Pentágono como "narcoterroristas".
O secretário da Defesa, Pete Hegseth, divulgou vídeos dos bombardeamentos, prometendo tratar os cartéis como a Al-Qaeda: "Vamos caçá-lo e matá-lo".
A Venezuela e a Colômbia denunciaram estas ações como "execuções extrajudiciais" que violam o direito internacional.
O governo de Nicolás Maduro interpreta o destacamento naval dos EUA como um pretexto para uma ofensiva militar destinada a derrubar o seu regime e controlar as reservas de petróleo do país.
Em resposta, Maduro anunciou que a Venezuela possui cinco mil mísseis antiaéreos portáteis de fabrico russo, os Igla-S, posicionados em locais estratégicos.
"Qualquer força militar no mundo conhece o poder dos Igla-S", declarou o líder venezuelano.
A retórica beligerante de ambos os lados transformou a campanha antidrogas numa crise geopolítica, com o Pentágono a justificar a missão do USS Gerald Ford como necessária para "desmantelar organizações criminosas transnacionais" que ameaçam a segurança dos EUA, enquanto Caracas a vê como uma ameaça direta à sua soberania.














