A decisão reflete a frustração de Washington com a falta de progresso nas negociações de paz e marca um endurecimento da política face a Moscovo. A cimeira, que Trump anunciara para Budapeste, foi suspensa após uma conversa telefónica entre o Secretário de Estado Marco Rubio e o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que revelou a intransigência de Moscovo.

A Casa Branca afirmou que não há planos para um encontro "num futuro imediato", com Trump a justificar a decisão afirmando: "Não, não, não quero uma reunião inútil. Não quero perder tempo".

O Presidente norte-americano admitiu a sua frustração com o homólogo russo: "Sempre que falo com Vladimir, temos boas conversas, mas depois não dão em nada".

Em paralelo, os EUA anunciaram um "aumento substancial" das sanções, visando as petrolíferas Rosneft e Lukoil, como resposta à "recusa de Putin em parar esta guerra insensata".

A Rússia reagiu de forma contundente.

Putin classificou as sanções como um "ato hostil", embora tenha garantido que não teriam um "impacto significativo".

Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo, foi mais longe, declarando que "os EUA são nossos adversários, e o seu falador 'pacificador' entrou agora em pleno na guerra contra a Rússia".

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, considerou a medida "extremamente contraproducente".