O Presidente Donald Trump prometeu o regresso dos trabalhadores sul-coreanos que foram deportados de uma fábrica da Hyundai no estado da Geórgia, numa aparente mudança de rumo na sua política de deportação em massa. A decisão sublinha a complexidade de equilibrar uma agenda de imigração rigorosa com as necessidades económicas e industriais do país. Em setembro, uma operação de controlo de imigração resultou na deportação de 316 trabalhadores sul-coreanos, de um total de 475 funcionários estrangeiros detidos na fábrica da Hyundai. A ação, descrita como a maior em locais de trabalho desde o início do mandato de Trump, foi criticada pelo governo da Coreia do Sul, que alertou que a medida “minava a confiança das empresas sul-coreanas em investir nos Estados Unidos”. Em declarações a bordo do Air Force One, Trump admitiu que a produção de certos bens exige mão de obra altamente especializada.
“Neste caso, eram baterias.
As baterias são muito complexas e perigosas de fabricar.
Não se pode simplesmente tirar pessoas do desemprego e dizer: 'Abrimos uma fábrica de dois mil milhões de dólares'”, explicou.
Reconhecendo a necessidade de competências técnicas, Trump afirmou que, embora se tenha oposto à saída dos trabalhadores, estes partiram, mas “vão regressar”.
Acrescentou que “será necessário trazer algumas pessoas de volta, pelo menos nas fases iniciais”, sugerindo a existência de um acordo com Seul para facilitar o seu retorno. A promessa de Trump ocorre num contexto em que a Hyundai anunciou um novo investimento de 2,7 mil milhões de dólares na mesma fábrica, visando aumentar a sua capacidade de produção.