O impasse orçamental no Congresso entre republicanos e democratas deixou centenas de milhares de funcionários federais sem remuneração, afetando serviços essenciais.
A crise tornou-se particularmente visível no setor da aviação.
A Administração Federal de Aviação (FAA) relatou atrasos de voos em aeroportos cruciais como Los Angeles, Newark, Dallas e Austin, devido à falta de pessoal. O secretário dos Transportes, Sean Duffy, alertou para um aumento de voos atrasados e cancelados, uma vez que os controladores de tráfego aéreo, considerados trabalhadores essenciais, foram obrigados a trabalhar sem remuneração.
Esta situação levou a um aumento do absentismo, com muitos controladores a apresentarem baixa médica devido ao desgaste financeiro e profissional.
O sindicato dos controladores de tráfego aéreo denunciou que os seus membros enfrentavam horas extraordinárias obrigatórias sem pagamento, e alguns aeroportos chegaram a oferecer ajuda para ligar os funcionários a bancos alimentares.
O impasse político em Washington foi a causa principal da crise.
Os republicanos no Senado, que controlam a câmara, insistiram na aprovação de uma resolução de financiamento já aprovada na Câmara dos Representantes. No entanto, os democratas condicionaram o seu voto à negociação prévia da manutenção de benefícios de saúde para pessoas de baixos rendimentos (conhecidos como Obamacare), que expiravam no final do ano. A Casa Branca, por sua vez, foi acusada de usar “táticas de intimidação”, como ameaças de despedimentos e cortes em projetos federais em estados democratas, para forçar a aprovação da sua proposta.














