A administração Trump mediou um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, apresentando um plano de paz que visa encerrar mais de dois anos de conflito entre Israel e o Hamas. A iniciativa diplomática, embora frágil, incluiu a troca de reféns e prisioneiros e estabeleceu as bases para uma futura força internacional de estabilização. O “Plano Integral para Acabar com o Conflito em Gaza”, que resultou num cessar-fogo a 10 de outubro, foi acompanhado por uma intensa atividade diplomática. Os EUA começaram a preparar uma resolução na ONU para autorizar uma força internacional de estabilização, com Trump a afirmar que aliados do Médio Oriente, como a Indonésia, estavam prontos para enviar tropas para Gaza “a seu pedido”. Para monitorizar a trégua, foi estabelecido um Centro de Coordenação Civil-Militar (CCMC) em Israel com pessoal americano, israelita e de países árabes.
No entanto, a sustentabilidade do acordo foi posta à prova.
Trump emitiu um aviso contundente ao Hamas, declarando que o grupo seria “erradicado” se violasse o acordo.
Simultaneamente, numa entrevista à revista Time, o presidente advertiu Israel de forma igualmente severa, afirmando que o país “perderá o apoio dos EUA” se avançar com a anexação da Cisjordânia, uma medida aprovada em primeira leitura pelo parlamento israelita.
Trump revelou ter pressionado diretamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, dizendo-lhe: “Bibi, não podes lutar contra o mundo”.
O vice-presidente JD Vance, em visita a Israel, descartou o envio de tropas americanas para Gaza, mas reforçou o papel dos EUA como “únicos mediadores”, embora tenha recusado impor um prazo para o desarmamento do Hamas, reconhecendo que “estas coisas são difíceis”.