As operações, que resultaram em ataques a embarcações e na morte de dezenas de pessoas, agravaram as tensões com o governo de Nicolás Maduro e outros líderes sul-americanos.

Washington ordenou o envio do seu maior porta-aviões, o USS Gerald R. Ford, e outros meios militares para a região, justificando a ação como parte de uma diretiva presidencial para “desmantelar organizações criminosas transnacionais”.

Desde o início de setembro, as forças norte-americanas realizaram pelo menos dez ataques a embarcações suspeitas de narcotráfico, resultando na morte de mais de 40 pessoas.

O secretário da Defesa, Pete Hegseth, prometeu tratar os “narcoterroristas” como a Al-Qaeda.

O Presidente Nicolás Maduro reagiu veementemente, acusando os EUA de “inventarem uma guerra eterna” e de usarem o combate ao narcotráfico como pretexto para uma mudança de regime e para se apropriarem do petróleo venezuelano. Maduro afirmou que a Venezuela possui cinco mil mísseis antiaéreos portáteis de fabrico russo para se defender. A crise estendeu-se à Colômbia, cujo Presidente, Gustavo Petro, acusou os EUA de cometerem “execuções extrajudiciais” e viu-se alvo de sanções americanas por alegado envolvimento no tráfico de drogas, acusações que ele negou.

Em meio a esta escalada, o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ofereceu-se para mediar o conflito entre os EUA e a Venezuela durante um encontro com Trump.