A medida foi justificada como uma retaliação pelo processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, um aliado político de Trump.

A decisão gerou uma forte reação, inclusive dentro dos EUA.

O Senado norte-americano aprovou uma resolução, apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, para bloquear as tarifas, numa votação que revelou fissuras no apoio republicano à política comercial de Trump.

A resolução foi aprovada por 52-48, com cinco senadores republicanos, incluindo o líder da minoria Mitch McConnell, a juntarem-se a todos os democratas.

Apesar desta vitória simbólica no Senado, a medida enfrenta um futuro incerto na Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, e um provável veto presidencial.

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, criticou as tarifas como "imprudentes, ridículas e quase infantis".

A crise levou a um encontro direto entre Donald Trump e o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, à margem da cimeira da ASEAN na Malásia.

A reunião foi descrita como "muito boa" e "muito produtiva" por Lula e pelo seu ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Segundo a delegação brasileira, Trump comprometeu-se a "dar instruções à sua equipa para iniciar um processo de negociação bilateral".

Lula expressou grande otimismo, afirmando: "Tenho a certeza de que em poucos dias chegaremos a uma solução".