As suas declarações, juntamente com as de aliados próximos, reacenderam o debate sobre as suas intenções políticas para além de 2028.

A bordo do Air Force One, Trump declarou ser "uma pena" não poder candidatar-se novamente, citando os seus números nas sondagens.

"Se lermos [a Constituição] é bastante claro, não posso concorrer.

É uma pena, mas temos muita gente boa", acrescentou.

Apesar de reconhecer a barreira constitucional, a sua lamentação e a de seus apoiantes têm alimentado a especulação.

Steve Bannon, seu ex-estratega, afirmou recentemente que "existe um plano" para Trump concorrer a um terceiro mandato, embora não tenha detalhado como. Uma das hipóteses levantadas seria Trump concorrer como vice-presidente em 2028, com um candidato aliado que depois se demitiria, permitindo a sua ascensão.

No entanto, o próprio Trump rejeitou essa ideia como "demasiado ardilosa" ('too cute') e algo que "as pessoas não gostariam".

O líder republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, também abordou o tema, afirmando ter discutido os limites constitucionais com o presidente e que não vê "caminho para isso", dado que alterar a Constituição seria um processo longo e complexo.

Apesar disso, a distribuição de bonés com a inscrição "Trump 2028" na Casa Branca e as declarações recorrentes do presidente mantêm viva a controvérsia sobre as suas ambições futuras e o seu respeito pelos limites institucionais do poder.