O anúncio foi feito por Donald Trump na sua plataforma Truth Social, onde declarou ter solicitado ao “Departamento de Guerra” que começasse a testar as armas nucleares “em pé de igualdade”. A ordem surge na sequência de a Rússia ter testado com sucesso o míssil de cruzeiro de propulsão nuclear Burevestnik e o drone submarino Poseidon.

Trump justificou a decisão afirmando: “Atendendo ao tremendo poder destrutivo, DETESTO fazer isto, mas não tenho alternativa!”.

A administração defendeu a medida como essencial para a dissuasão.

O vice-presidente J.D.

Vance sublinhou que, por vezes, “é preciso testá-lo para garantir que está a funcionar corretamente”.

No entanto, a decisão provocou uma forte reação internacional.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, opôs-se veementemente, alertando que “os atuais riscos nucleares são já alarmantemente elevados”.

A China apelou aos EUA para que respeitassem o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBT), que, embora assinado pelos EUA em 1996, nunca foi ratificado.

A reativação dos testes americanos arrisca desencadear uma nova corrida ao armamento, com potências como a Rússia e a China a poderem seguir o exemplo.

Horas depois do anúncio inicial, Trump clarificou que o seu objetivo final seria a “desnuclearização” e a inclusão da China em futuras negociações de controlo de armas com a Rússia, mas a ambiguidade inicial deixou a comunidade internacional em alerta máximo sobre o futuro da não proliferação nuclear.