A cimeira resultou numa trégua temporária, com promessas de cooperação em várias frentes, embora as divergências estruturais permaneçam por resolver.
A reunião, a primeira entre os dois líderes desde 2019, decorreu em Busan, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).
Trump descreveu o encontro como um “grande sucesso” e “uma reunião incrível”, enquanto Pequim adotou um tom mais contido, referindo-se a uma “pausa construtiva”.
O acordo alcançado prevê que os EUA reduzam as tarifas sobre produtos chineses, com a taxa média a passar de 57% para 47%. Em contrapartida, a China comprometeu-se a retomar a compra de “grandes, enormes quantidades de soja” norte-americana, suspender por um ano os controlos à exportação de terras raras — minerais essenciais para a tecnologia — e reforçar a cooperação no combate ao tráfico de fentanil. Trump anunciou também que os dois países iriam “trabalhar juntos” para pôr fim à guerra na Ucrânia e que voltaria a encontrar-se com Xi na China em abril de 2026. Apesar do otimismo da Casa Branca, analistas consideram que o entendimento é uma trégua frágil, caracterizada por uma “diplomacia de subscrição” com acordos anuais e reversíveis, que não resolve as tensões geopolíticas e económicas de fundo. A questão sensível de Taiwan, por exemplo, não foi abordada durante a cimeira.














