As operações, que resultaram em dezenas de mortos, foram justificadas pelo governo como um “conflito armado” contra os cartéis de droga, mas geraram acusações de violação do direito internacional por parte de líderes latino-americanos e congressistas democratas. Desde setembro, as forças norte-americanas realizaram mais de uma dezena de ataques, resultando em aproximadamente 60 mortos.

O secretário da Guerra, Pete Hegseth, comparou a ofensiva à guerra contra o terrorismo, afirmando que os cartéis “mataram mais americanos do que a Al-Qaeda e serão tratados da mesma forma”. A base legal para estas ações é a declaração de Trump de que os EUA estão num “conflito armado” formal com os cartéis, classificando os seus membros como “combatentes ilegais”.

No entanto, esta abordagem tem sido fortemente contestada.

Congressistas democratas como Sara Jacobs descreveram os ataques como “ilegais” e “assassinatos”, exigindo o seu fim imediato.

Após uma audiência à porta fechada com o Pentágono, o congressista Jason Crow expressou preocupação, afirmando não ter ouvido “nenhum plano sério e abrangente para lidar com o problema das drogas nos EUA”.

A ofensiva também agravou as tensões diplomáticas.

O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou os EUA de cometerem um “crime de guerra” e de realizarem “execuções extrajudiciais”. A Venezuela também denunciou as operações como uma tentativa de desestabilização.

A escalada militar inclui o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford para as Caraíbas, aumentando a presença naval na região.