A Hungria argumenta que a sua dependência energética da Rússia e a sua condição de país sem litoral justificam um tratamento especial.

Viktor Orbán planeia deslocar-se a Washington a 7 de novembro com uma grande delegação para fortalecer as relações bilaterais e apresentar o seu caso diretamente a Trump. A Hungria depende da Rússia para 85% do seu consumo de gás e 65% do seu petróleo.

Orbán defendeu que tem de “fazer com que [Trump] entenda as dificuldades”, sublinhando que a Hungria é “um país sem litoral, sem mar ou transporte marítimo” para importar fontes de energia alternativas de forma viável.

O governo húngaro alega que o oleoduto “Adria”, a partir da Croácia, não seria suficiente e teria custos mais elevados.

O pedido húngaro surge depois de Washington ter anunciado sanções contra as duas maiores petrolíferas russas em resposta à “falta de compromisso sério da Rússia para com um processo de Paz para pôr fim à guerra na Ucrânia”.

Trump já tinha reconhecido anteriormente que a Hungria se encontra numa situação especial. O ministro húngaro Gergely Gulyás expressou o objetivo de que “o Presidente [Donald] Trump mantenha a posição [sobre a situação especial de Budapeste] e que a Hungria possa beneficiar de uma exceção às sanções norte-americanas”. A visita de Orbán, um aliado próximo de Trump e de Putin, destaca as complexas dinâmicas dentro da aliança ocidental em relação à política de sanções contra a Rússia.