Donald Trump justificou a medida como uma resposta aos “programas de testes conduzidos por outros países”, referindo-se explicitamente à Rússia e à China. “Devido aos programas de testes realizados por outros países, solicitei ao Departamento de Guerra que comece a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade.

Este processo terá início imediato”, declarou Trump na sua rede social, Truth Social.

A decisão surge após a Rússia ter anunciado testes bem-sucedidos do míssil de cruzeiro Burevestnik e do drone submarino Poseidon, ambos com capacidade nuclear.

O vice-presidente J.D.

Vance reforçou a posição da Casa Branca, afirmando que “por vezes, é preciso testá-lo para garantir que está a funcionar corretamente”.

A declaração de Trump gerou reações imediatas a nível internacional.

Pequim apelou a Washington para que respeitasse as suas obrigações no âmbito do Tratado de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (CTBT), enquanto Moscovo clarificou que os seus ensaios envolviam armas capazes de transportar ogivas nucleares, mas não testes nucleares propriamente ditos. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, manifestou a sua oposição, alertando que os riscos nucleares atuais são “alarmantemente elevados” e que os testes “nunca podem ser permitidos em nenhuma circunstância”.

Analistas temem que a medida possa desencadear uma nova corrida ao armamento, minando a frágil arquitetura global de controlo de armas.