O conflito teve origem num anúncio canadiano que usava citações do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan, um ícone do Partido Republicano, a opor-se a tarifas protecionistas.

A campanha foi interpretada por Trump como um ataque direto à sua política comercial.

Em resposta, o Presidente norte-americano anunciou o fim abrupto das negociações comerciais bilaterais e a imposição da nova tarifa.

“O anúncio deles deveria ter sido retirado imediatamente, mas transmitiram-no ontem à noite durante a World Series, sabendo que era uma fraude”, declarou Trump.

A sua reação foi veemente, afirmando que, devido à “grave deturpação dos factos e ao ato hostil”, iria aumentar a tarifa.

O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, tentou apaziguar a situação, afirmando ter pedido desculpas a Trump pelo anúncio, que sentiu que “ofendeu” o presidente.

Carney reiterou a disponibilidade do Canadá para retomar as negociações “quando os americanos estiverem prontos”.

No entanto, Trump rejeitou a abertura, declarando aos jornalistas: “Gosto muito dele (...) mas o que fizeram foi errado”.

Garantiu que, por isso, as negociações não seriam retomadas.

O impasse representa uma reviravolta súbita na relação entre os dois aliados de longa data, já fragilizada desde o regresso de Trump ao poder.

O Canadá é o segundo maior parceiro comercial dos EUA, e as tarifas setoriais impostas pela administração Trump têm afetado duramente a economia canadiana.