O documento especifica que as admissões se concentrarão principalmente em sul-africanos da minoria étnica branca, também conhecidos como africânderes, alegando que estes enfrentam discriminação e violência no seu país, uma acusação que o governo sul-africano nega.

A política marca uma rutura com o apoio bipartidário que o programa de refugiados tradicionalmente recebia. Trump já havia suspendido o programa no seu primeiro dia de mandato e, desde então, o número de entradas tem sido reduzido.

A decisão foi duramente criticada por organizações de apoio a imigrantes.

Krish O’Mara Vignarajah, presidente da Global Refuge, considerou que “concentrar a grande maioria das admissões num único grupo prejudica o propósito do programa, bem como a sua credibilidade”, acrescentando que a decisão “rebaixa a nossa posição moral”.

O Projeto Internacional de Assistência a Refugiados (IRAP) afirmou que, “ao privilegiar os africânderes enquanto continua a proibir a entrada de milhares de refugiados que já foram avaliados e aprovados, o governo está mais uma vez a politizar um programa humanitário”. A nova política também afeta outros grupos, como os afegãos que colaboraram com o governo dos EUA, com dezenas de milhares a aguardar autorização de imigração.