A decisão terá sido tomada após um telefonema “tenso” entre os dois líderes, devido à intransigência da Rússia em relação à guerra na Ucrânia.

A reunião, que já tinha sido adiada, foi cancelada porque Putin continua a exigir que a Ucrânia ceda mais território como condição para o fim do conflito, que dura há três anos e meio.

Esta exigência colide com a posição de Trump, que tem apoiado a proposta de Kiev de congelar o conflito nas fronteiras atuais.

O cancelamento da cimeira representa um colapso diplomático e uma deterioração nas relações entre as duas potências.

O anúncio coincidiu com a notícia de que a Rússia realizou um teste bem-sucedido com o super torpedo Poseidon, uma arma nuclear subaquática descrita como “o torpedo do juízo final”, capaz de gerar tsunamis radioativos. Este desenvolvimento militar, juntamente com o fracasso da via diplomática, aumenta os receios de uma nova escalada nuclear.

Comentadores políticos, como Diana Soller, apontam para “um desvio cada vez maior da administração Trump rumo à Ucrânia”, sugerindo que a paciência de Washington com a postura de Moscovo se esgotou. A decisão de Trump de não se encontrar com Putin, afirmando que não queria “negociações inconsequentes”, e a subsequente imposição de novas sanções dos EUA ao petróleo russo, reforçam a ideia de um endurecimento da política norte-americana face à Rússia.