A crise suspendeu programas de assistência alimentar e de saúde e causou perturbações significativas no tráfego aéreo.

O "shutdown", que completou um mês, tornou-se o segundo mais longo da história dos EUA, sendo que o mais longo também ocorreu durante a presidência de Trump.

A causa principal do impasse foi a recusa dos republicanos em negociar a prorrogação dos subsídios do programa de saúde "Obamacare", exigida pelos democratas para aprovarem o orçamento. Como resultado, o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), do qual dependem 42 milhões de americanos, ficou sem fundos, levando a atrasos nos pagamentos e filas por ajuda alimentar.

Donald Trump admitiu os atrasos, mas culpou a oposição democrata, instando os beneficiários a pressionar o senador Chuck Schumer. Uma sondagem da ABC/Washington Post indicou que 45% dos americanos responsabilizavam Trump e os republicanos, contra 33% que culpavam os democratas.

A crise estendeu-se ao setor da saúde, com a expiração dos subsídios do Obamacare a provocar aumentos drásticos nos custos dos seguros para milhões de pessoas.

Outro setor crítico afetado foi o tráfego aéreo.

Controladores aéreos, considerados funcionários essenciais, foram forçados a trabalhar sem salário, resultando em faltas que levaram à suspensão temporária de aterragens em aeroportos de Nova Iorque e a atrasos em todo o país.

A situação recordou a paralisação de 2018-2019, quando as ausências dos controladores forçaram um acordo político.

A ex-vice-presidente Kamala Harris criticou duramente Trump por se focar na construção de um salão de baile na Casa Branca "enquanto bebés vão passar fome".