A nova política, publicada no Registo Federal sem uma justificação oficial detalhada, especifica que as admissões se concentrarão principalmente em sul-africanos brancos, também conhecidos como africânderes. O governo Trump tinha anunciado este programa em fevereiro, alegando que os agricultores brancos sul-africanos enfrentavam discriminação e violência, uma acusação "negada veementemente" pelo governo sul-africano.

A decisão foi recebida com forte oposição.

Krish O’Mara Vignarajah, presidente da organização Global Refuge, afirmou que "concentrar a grande maioria das admissões num único grupo prejudica o propósito do programa, bem como a sua credibilidade" e que a decisão "rebaixa a nossa posição moral".

O Projeto Internacional de Assistência a Refugiados (IRAP) acusou o governo de estar "mais uma vez a politizar um programa humanitário", ao privilegiar um grupo enquanto proíbe a entrada de milhares de outros refugiados já avaliados e aprovados. A medida representa o menor número de refugiados admitidos nos EUA desde a criação do programa em 1980 e reflete a continuidade da política restritiva de Trump, que já tinha suspendido o programa de refugiados no seu primeiro dia de mandato.