A nova diretiva também gerou controvérsia ao dar prioridade a um grupo específico: os sul-africanos brancos, também conhecidos como africânderes.
Esta decisão representa uma queda abrupta em relação ao teto de 125.000 estabelecido pela administração anterior de Joe Biden.
A justificação oficial, publicada no Registo Federal, alega que a admissão deste número de refugiados é “justificada por razões humanitárias ou por servir o interesse nacional”, sem detalhar os motivos para a redução drástica.
A política privilegia explicitamente os sul-africanos brancos, com o governo Trump a argumentar, desde fevereiro, que os agricultores brancos enfrentam discriminação e violência no seu país, uma acusação que o governo sul-africano nega.
O aviso federal menciona que o estatuto de refugiado poderá ser concedido a “outras vítimas de discriminação ilegal ou injusta”, mas não especifica outros grupos.
A medida foi duramente criticada por organizações de apoio a imigrantes.
Krish O’Mara Vignarajah, presidente da Global Refuge, considerou que a política “rebaixa a nossa posição moral” e que “concentrar a grande maioria das admissões num único grupo prejudica o propósito do programa”.
Da mesma forma, o Projeto Internacional de Assistência a Refugiados (IRAP) acusou o governo de estar “mais uma vez a politizar um programa humanitário”. A nova política ignora dezenas de milhares de outros requerentes, como os afegãos que colaboraram com o governo norte-americano, cuja situação permanece incerta.
Shawn VanDiver, da organização #AfghanEvac, descreveu a decisão como uma “traição horrenda”.














