Esta decisão isola ainda mais os EUA na cena global e contrasta com o compromisso de autoridades locais americanas.

Um responsável da Casa Branca justificou a ausência afirmando que “o Presidente Donald Trump dialoga diretamente com líderes de todo o mundo sobre questões energéticas”, minimizando a importância da cimeira.

A decisão está em linha com a política de Trump, que já durante o seu primeiro mandato retirou os EUA do Acordo de Paris e, ao regressar ao poder, repetiu a ação.

O Presidente classificou as alterações climáticas como “a maior fraude de sempre” e ridicularizou a ciência climática na Assembleia Geral da ONU. A postura de Washington vai além do boicote à COP30, com a administração a sabotar um plano global para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa e a ameaçar com retaliações os países favoráveis ao mesmo. Defensores do clima temem que a intenção de Trump seja retirar os EUA da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, o que impediria futuras administrações de voltarem a integrar o Acordo de Paris. Em contraste com a posição do governo federal, uma coligação de mais de uma centena de autoridades locais americanas, incluindo governadores e presidentes de câmara, confirmou a sua presença em peso na cimeira.

Gina McCarthy, copresidente da coligação “America Is All In”, afirmou que as autoridades locais “têm o poder de agir por iniciativa própria” e que irão cumprir “as promessas feitas ao povo americano e aos nossos parceiros internacionais”.