A decisão terá sido motivada pela intransigência russa relativamente à guerra na Ucrânia e coincidiu com o anúncio de um teste bem-sucedido de uma nova arma nuclear russa.
Segundo o Financial Times, o cancelamento da cimeira ocorreu após um telefonema “tenso” entre os dois líderes.
A principal razão para o recuo de Trump terá sido a posição de Putin, que continua a exigir a cedência de mais território ucraniano como condição para o fim do conflito. Esta exigência colide com a proposta apoiada por Trump de congelar a guerra nas fronteiras atuais. O colapso diplomático reflete a dificuldade da administração americana em mediar o fim de um conflito que já dura há três anos e meio, apesar das promessas de Trump de o resolver rapidamente.
O momento do cancelamento foi particularmente significativo, pois coincidiu com o anúncio de Moscovo sobre o teste bem-sucedido do super torpedo Poseidon, uma arma nuclear subaquática descrita como “o torpedo do juízo final”, capaz de gerar tsunamis radioativos.
Este desenvolvimento militar, juntamente com o fracasso da cimeira, assinala um regresso a um clima de elevada tensão entre as duas potências nucleares. Comentadores como Diana Soller, da CNN Portugal, interpretaram o cancelamento como um momento em que Trump se viu “obrigado” a virar as costas à Rússia, percebendo que “só há um caminho e esse caminho é armar a Ucrânia”.
A decisão de não avançar com o encontro em Budapeste, que já tinha sido adiado, evidencia a falta de interesse de Moscovo em negociar nos termos propostos pelos EUA e seus aliados.














