As suas declarações ambíguas e as teorias dos seus apoiantes geraram um debate sobre os limites constitucionais e as intenções do Presidente.

Questionado a bordo do Air Force One sobre a possibilidade de uma nova candidatura, Trump afirmou: “Adoraria fazê-lo.

Tenho os melhores números de sempre”.

Embora tenha reconhecido que a Constituição é “bastante clara” sobre a proibição, acrescentou que “há métodos” para contornar a limitação, uma declaração que fez em março e que agora volta a ecoar.

O Presidente lamentou a restrição, dizendo ser “uma pena”, mas descartou a hipótese de concorrer como vice-presidente para depois assumir a presidência, classificando a manobra como “demasiado ardilosa”.

Esta ideia tinha sido sugerida por setores próximos do movimento MAGA, como o seu ex-estratega Steve Bannon, que afirmou existir “um plano” para um terceiro mandato.

As declarações de Trump ocorrem num contexto em que a sua popularidade, segundo várias sondagens citadas, está em mínimos, com taxas de desaprovação que variam entre 54% e 61%.

Mesmo dentro do Partido Republicano, a ideia não é consensual.

O líder da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, afirmou ter discutido o assunto com Trump e que “não vê caminho para isso”, explicando que uma emenda constitucional seria um processo demasiado longo e complexo.

Apesar das barreiras legais e da falta de apoio unânime, a contínua especulação, alimentada pelo próprio Trump com a distribuição de bonés “Trump 2028”, mantém o debate aceso e gera preocupação entre os opositores, como o governador da Califórnia, Gavin Newsom.