Esta medida faz parte de uma reestruturação mais ampla das relações com os media, que inclui a marginalização de órgãos de comunicação tradicionais e a promoção de novos media conservadores. Um memorando do Conselho de Segurança Nacional anunciou a proibição de acesso de jornalistas à “Sala de Imprensa Superior” (Sala 140) sem agendamento prévio, justificando a medida com a necessidade de proteger “material sensível”. Esta área, que alberga os gabinetes da secretária de imprensa e da sua equipa, era tradicionalmente um local de circulação livre para correspondentes acreditados.

A decisão representa uma mudança significativa na dinâmica entre a administração e a imprensa.

Sob a liderança de Trump, a Casa Branca assumiu o controlo da acreditação para o corpo de imprensa que acompanha o Presidente em eventos restritos e no Air Force One, um papel que antes pertencia à Associação de Correspondentes da Casa Branca.

Paralelamente, a administração tem concedido acesso e espaço de trabalho a “novos media” conservadores, como The Daily Wire e Real America’s Voice, e a influenciadores digitais.

Em contraste, a relação com os media históricos tem sido tensa.

A agência Associated Press (AP) perdeu o acesso a eventos restritos após se recusar a adotar a designação “Golfo da América” para o Golfo do México, uma mudança introduzida por Trump.

A AP processou a Casa Branca, argumentando que a restrição é inconstitucional.

No Pentágono, a situação é semelhante, com mais de 30 órgãos de comunicação a devolverem as suas credenciais em protesto contra novas restrições, incluindo a proibição de publicar informação “não autorizada” previamente.