Diversas fontes noticiaram que o Pentágono deu “luz verde” à transferência dos mísseis para a Ucrânia, após concluir que a medida não afetaria negativamente as reservas militares estratégicas dos Estados Unidos.

Esta autorização colocou a decisão final nas mãos do Presidente.

No entanto, em declarações a bordo do Air Force One, Trump indicou que, por enquanto, não está a considerar o envio dos Tomahawks.

A sua resposta, descrita como “não exatamente” quando questionado sobre o fornecimento, sublinha a sua relutância em escalar o tipo de armamento fornecido a Kiev.

Comentadores políticos analisam esta situação como uma estratégia de comunicação deliberada.

O major-general Agostinho Costa sugeriu que se trata de “um efeito comunicacional”, no qual “o Pentágono faz de polícia mau e Donald Trump faz de polícia bom”.

Esta tática permitiria à administração projetar uma imagem de contenção, ao mesmo tempo que mantém a pressão sobre a Rússia. A comentadora Cátia Moreira de Carvalho prevê que, apesar da autorização do Departamento de Defesa, Trump manterá a sua posição de não enviar os mísseis. O especialista em relações internacionais José Filipe Pinto reforça esta visão, argumentando que o problema não é o custo, mas sim a disponibilidade e a vontade política de Trump: “O problema não é o preço, é a quantidade que os EUA podem disponibilizar e se Donald Trump quer disponibilizar”.

Esta hesitação marca um ponto de inflexão na política de armamento para a Ucrânia, num momento crucial do conflito.