A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos, desencadeada por um impasse orçamental no Senado, tornou-se a mais longa da história do país, superando o recorde de 35 dias estabelecido durante o primeiro mandato de Trump. A crise ameaça o acesso a serviços essenciais para milhões de americanos, incluindo programas de assistência alimentar e de saúde. O impasse centra-se na recusa dos Republicanos em negociar a prorrogação de subsídios do programa de saúde Obamacare, exigida pelos Democratas para aprovarem o orçamento. Como consequência, o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), do qual dependem 42 milhões de pessoas, ficou sem fundos, gerando o risco de atrasos nos pagamentos. Após ações judiciais, a administração Trump foi ordenada a utilizar fundos de emergência para garantir a continuidade do programa, algo que inicialmente recusara.
O Presidente culpou os Democratas pela situação, acusando-os de "explorarem a fome". Além da ajuda alimentar, a crise afeta o setor da aviação, com a escassez de controladores de tráfego aéreo a trabalhar sem remuneração a provocar atrasos e suspensões de voos em aeroportos importantes como os de Nova Iorque.
A situação dos trabalhadores portugueses na Base das Lajes, nos Açores, também foi afetada, com salários em atraso.
A paralisação evidencia a profunda divisão política em Washington e o seu impacto direto na vida dos cidadãos e no funcionamento de serviços críticos.
Em resumoO impasse orçamental no Congresso levou à mais longa paralisação governamental da história dos EUA, suspendendo o financiamento de programas vitais como a assistência alimentar para 42 milhões de pessoas e causando perturbações em serviços federais como o controlo de tráfego aéreo, enquanto Republicanos e Democratas se culpam mutuamente pela crise.