A ofensiva, que já resultou em mais de 65 mortos desde setembro, está a gerar forte condenação internacional e a aumentar as tensões regionais.

O secretário da Defesa, Pete Hegseth, confirmou múltiplos ataques, descrevendo as vítimas como "narcoterroristas" e afirmando que os cartéis "serão tratados EXATAMENTE como tratamos a Al-Qaeda". A administração classificou os cartéis como organizações terroristas e os seus membros como "combatentes ilegais", uma base jurídica semelhante à usada na guerra contra o terrorismo. Esta abordagem foi duramente criticada pelo Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, que classificou os ataques como "execuções extrajudiciais" que violam o direito internacional e exigiu o seu fim.

O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi mais longe, acusando os EUA de cometerem um "crime de guerra".

Além das operações marítimas, fontes do governo norte-americano revelaram à NBC que está a ser planeada uma operação militar secreta em solo mexicano, que poderá envolver o uso de drones e forças especiais para atingir líderes e laboratórios dos cartéis, embora a Casa Branca tenha negado publicamente a iminência de ataques terrestres na Venezuela.