A decisão terá sido motivada pela intransigência da Rússia em relação à guerra na Ucrânia.

Segundo o Financial Times, o cancelamento ocorreu após um telefonema "tenso" entre os chefes da diplomacia dos dois países.

A principal causa do colapso das negociações foi a exigência contínua de Putin para que a Ucrânia ceda mais território como condição para o fim do conflito, uma posição que se opõe diretamente à proposta apoiada pelos EUA de um congelamento da guerra nas fronteiras atuais. Este fracasso diplomático acontece num momento de crescente tensão militar, exacerbado pelo anúncio da Rússia de um teste bem-sucedido do seu super torpedo Poseidon, uma arma nuclear subaquática apelidada de "torpedo do juízo final". A combinação do impasse sobre a Ucrânia e a exibição de novo poderio militar por parte de Moscovo aprofunda a deterioração das relações entre os dois países, com analistas a alertarem para o risco de uma nova escalada nuclear e o regresso a uma mentalidade de Guerra Fria.