A legalidade da utilização de poderes de emergência para impor taxas tornou-se um ponto central de contestação, com implicações para o poder executivo e a economia global. O Supremo Tribunal iniciou a audição sobre a legalidade das tarifas impostas por Trump, que recorreu à Lei dos Poderes Económicos de Emergência Internacional (IEEPA) de 1977, argumentando que o défice comercial crónico representava uma "emergência nacional". Tribunais de instâncias inferiores já tinham decidido que o presidente ultrapassou os seus poderes, uma vez que a autoridade para impor tarifas é constitucionalmente reservada ao Congresso. A administração defende que a medida se insere nas prerrogativas do presidente na condução de assuntos externos.
As tarifas são descritas como a "espinha dorsal" da sua agenda de segurança nacional, sendo usadas como instrumento de pressão em diversas frentes, desde renegociar acordos comerciais a forçar países a conter fluxos migratórios. Em paralelo, o Senado, numa demonstração de oposição bipartidária, aprovou resoluções simbólicas para revogar as tarifas aplicadas a aliados como o Brasil, o Canadá, o Japão, a Coreia do Sul e a União Europeia. Embora com poucas hipóteses de se tornarem lei devido à necessidade de aprovação na Câmara dos Representantes e a um provável veto presidencial, as votações expuseram as divisões dentro do Partido Republicano sobre a política de comércio livre. O tema também esteve no centro da recente cimeira com Xi Jinping, onde foi acordada uma redução de tarifas sobre a China como parte de uma trégua na guerra comercial.











