Trump instruiu o Pentágono a "começar a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade", argumentando que a Rússia e a China o estavam a fazer em segredo.

Numa entrevista, afirmou: "A Rússia faz testes, e a China faz testes, mas não falam sobre isso. (...) Eles fazem testes e nós não.

Temos de fazer".

Esta declaração quebrou um tabu de décadas e suscitou uma forte reação internacional.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou aos seus responsáveis que apresentassem propostas para uma possível resposta, enquanto a China rejeitou as alegações.

A ambiguidade das palavras de Trump — não especificando se se referia a testes de sistemas de lançamento ou a detonações nucleares explosivas, que violariam o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBT) — aumentou a incerteza. O seu secretário da Energia, Chris Wright, tentou clarificar, afirmando que se tratava de "testes de sistema" e não de "explosões nucleares". Poucos dias após o anúncio, os EUA realizaram um "teste operacional" de um míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado, o que foi interpretado como uma demonstração de força. Peritos alertaram que a retórica de Trump é "absurda e perigosa", podendo gerar uma "reação em cadeia" e levar o mundo a uma "nova era nuclear".