A administração Trump intensificou as suas restrições ao acesso da imprensa à Casa Branca, numa medida que agrava a já tensa relação com os meios de comunicação. As novas regras limitam a circulação de jornalistas em áreas-chave e fazem parte de uma reconfiguração mais ampla que privilegia 'media' conservadores e alinhados com o Presidente. Um memorando do Conselho de Segurança Nacional proibiu os jornalistas de acederem à "Sala de Imprensa Superior" (Sala 140), uma área próxima da Sala Oval, sem agendamento prévio, alegando a necessidade de proteger "material sensível".
Esta medida insere-se numa reestruturação mais vasta das relações com a imprensa, na qual a Casa Branca assumiu o controlo sobre quem tem acesso a eventos restritos e ao avião presidencial, Air Force One, marginalizando o papel tradicional da Associação de Correspondentes da Casa Branca.
A administração tem vindo a conceder acreditações a "novos media", como sites noticiosos conservadores (The Daily Wire, The Epoch Times) e influenciadores digitais, enquanto órgãos de comunicação históricos enfrentam uma relação conflituosa.
A agência Associated Press (AP), por exemplo, perdeu o acesso a eventos restritos após se recusar a adotar a designação "Golfo da América", introduzida por Trump, o que levou a uma disputa legal.
Além disso, o Presidente processou vários meios de comunicação, incluindo o The New York Times e o The Wall Street Journal, pela sua cobertura de temas sensíveis.
Em resumoA Casa Branca de Trump implementou restrições de acesso sem precedentes para a imprensa, limitando a circulação de jornalistas e favorecendo meios de comunicação alinhados ideologicamente. Estas ações, combinadas com processos judiciais contra órgãos de comunicação críticos, marcam uma escalada significativa na guerra da administração contra a imprensa tradicional.